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Todos os anos, famílias de urso-pardo do Alasca, na América do Norte, se aproveitam de um evento espetacular da natureza envolvendo o salmão para sobreviverem.
Esse evento é o retorno de centenas de milhares de salmões do Oceano Pacífico para os córregos das montanhas onde nasceram. Os salmões viajam milhares de quilômetros para desovar e depois morrer. É muito difícil que um salmão consiga viver o suficiente para voltar e desovar e depois regressar ao mar.
Essa “grande corrida” não só fornece alimentos aos ursos, mas também para orcas, lobos, águias e até mesmo para a própria floresta. A questão é: será que é o retorno desses salmões que mantem esses ursos famintos vivos?
Os salmões nadam contra correntes e mais correntes, enfrentam elevações, desníveis, saltam sobre cachoeiras, um feito equivalente a um salto de um homem sobre uma casa, até chegar a boca do rio/córrego onde nasceram. Eles chegam a percorrer 5500 km no total, as viagens sempre são longas e árduas. Quando eles chegam à água doce, param de se alimentar e sobrevivem apenas das reservas corporais acumuladas. Conseguem nadar frequentemente durante semanas, percorrendo até 90km por dia.
Em contrapartida dezenas de ursos famintos esperam ansiosamente pelos salmões. No Alasca, onde foram realizadas essas filmagens, esses ursos descem montanhas, vão até os córregos e rios, ficando a espera da chegada desses salmões, na tentativa de se alimentar dos mesmos.
Quando os salmões chegam ao destino (após terem sobrevivido aos ursos e aos demais obstáculos) eles desovam e morrem. Seus corpos acumulam-se aos milhares na boca de rios, em lagos e afins, atraindo vários necrófagos. Os ovos fecundados, enterrados ali no início de rios e etc… levam entre 3 e 12 semanas para eclodir. As pequenas larvas ficam em seu ninho durante aproximadamente 3 semanas, sendo alimentadas por reservas ali deixadas logo após a eclosão dos ovos.
Depois disso, sobem para a superfície, após um período que varia de 1 mês a 2 anos, sempre na primavera, os salmões iniciam sua viagem ao mar. Assim dando reinício ao ciclo.
Esse vídeo, produzido pela BBC e disponibilizado a todos pelo canal da mesma no YouTube, é do “Nature’s Great Events“, um programa que produz vários documentários da vida selvagem e vai ao ar na própria BBC.