Ropen, a criatura voadora de Papua Nova Guiné

O Ropen, possível pterossauro vivo, ilumina os céus de Papua Nova Guiné durante a noite, desafiando explicações convencionais.

Nas paisagens remotas e acidentadas da Papua Nova Guiné, uma terra rica em culturas diversas e mistérios inexplorados, uma lenda em particular capturou a imaginação tanto dos habitantes locais quanto dos aventureiros. É a lenda do Ropen, um criptídeo frequentemente descrito como uma criatura grande e voadora com características bioluminescentes. Essa criatura enigmática tem fascinado criptozoologistas e intrigado os curiosos há décadas.

Ropen Papua Nova Guine Pterossauro

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O Ropen, conhecido por diversos nomes em diferentes regiões da Papua Nova Guiné, está profundamente enraizado na mitologia local. Entre os povos indígenas, é frequentemente chamado de “duwas“, “wawanar” ou “seklo-bali“, com relatos de encontros que remontam a gerações. A complexidade das línguas e dialetos na região torna a pesquisa desafiadora, e a palavra “ropen” pode ter significados diferentes em áreas distintas da ilha. Essas histórias não se limitam a uma única tribo ou comunidade, mas são compartilhadas entre diversos grupos em todo o país, acrescentando à mística da criatura.

Descrito como uma criatura de tamanho gigante, com pele de couro e uma cauda longa que termina em forma de diamante, o Ropen é uma criatura cujo principais relatos de avistamentos vêm da Ilha de Umboi, em Papua Nova Guiné. O ser noturno é notório por brilhar durante o voo e é amplamente considerado por criptozoologistas como um possível pterossauro Rhamphorhynchoid vivo, com características consistentes, como a ausência de penas, uma longa cauda e hábitos de pesca noturna. Os pesquisadores acreditam que essas características são fundamentais para distinguir o Ropen de outros animais.

Ropen Papua Nova Guine Pterossauro 4
As descrições do Ropen variam, mas vários traços comuns emergem dos relatos de testemunhas oculares. Mais comumente, o Ropen é descrito como uma criatura alada com uma envergadura de até 7,5 metros ou mais. Seu corpo é dito ser coberto de penas ou escamas, e ele exibe propriedades bioluminescentes, emitindo um brilho suave e sinistro. Testemunhas frequentemente relatam avistar o Ropen à noite, quando sua bioluminescência é mais visível. A criatura muitas vezes está associada a avisos ou presságios, e algumas comunidades acreditam que encontrar o Ropen pode trazer tanto perigo quanto fortuna, dependendo das circunstâncias.

O Ropen foi avistado tanto por habitantes locais quanto por estrangeiros, criando um conjunto convincente de evidências anedóticas. Muitos desses avistamentos compartilham elementos comuns, como o tamanho, a forma e as características bioluminescentes da criatura. Embora céticos argumentem que esses avistamentos podem ser atribuídos a outras espécies conhecidas ou identificações equivocadas, a consistência das descrições e o grande número de relatos não podem ser facilmente descartados.

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Entre 1994 e 2004, várias expedições lideradas por criacionistas americanos, incluindo Carl Baugh, Paul Nation, Jonathan Whitcomb, Garth Guessman e David Woetzel, foram realizadas na tentativa de encontrar evidências do Ropen. No entanto, essas expedições resultaram em apenas alguns avistamentos vagos e distantes da misteriosa criatura. A maioria dos exploradores relatou breves visões das luzes luminosas associadas ao Ropen, mas poucos conseguiram observar sua forma com clareza.

Foi somente em 2006 que um dos exploradores, Paul Nation, conseguiu filmar duas luzes brilhantes em Tawa, uma remota vila na ilha. Os moradores locais se referem a essa criatura como “Indava” e a descrevem como semelhante a um pequeno avião. Parece que essas criaturas bioluminescentes noturnas se estabeleceram no topo de penhascos, onde passam o dia. Acreditava-se que esses animais estivessem relacionados ao Ropen ou até mesmo fossem a mesma espécie.

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Em março de 2007, Paul Nation retornou ao vilarejo de Tawa e notou que as temperaturas noturnas caíram acentuadamente, levando a especulações de que os Indavas haviam deixado os penhascos. Os moradores explicaram que essas criaturas não têm uma colônia permanente e frequentam árvores aleatórias. Durante suas investigações, os pesquisadores também aprenderam a distinguir as luzes dos carros das luzes amarelas feitas pelas criaturas, que costumam voar acima das copas das árvores, seguindo os cumes das montanhas.

Desde 2007, criptozoologistas começaram a investigar relatos de avistamentos semelhantes ao Ropen na América do Norte. Foram relatados flashes de luz parecidos com os da Papua Nova Guiné na costa oeste dos Estados Unidos. Isso levou à ideia de que essas grandes criaturas voadoras bioluminescentes se alimentam principalmente de morcegos em voo, embora também possam consumir outras presas.

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Embora existam críticos que oferecem explicações alternativas, como erros de identificação de morcegos ou pterossauros extintos, os avistamentos de testemunhas oculares de diferentes origens linguísticas e culturais enfraquecem essas alegações. Além disso, os pesquisadores têm se esforçado para manter uma abordagem científica rigorosa, entrevistando testemunhas e realizando investigações minuciosas.

Criptozoologistas e céticos ofereceram várias explicações para os avistamentos do Ropen. Alguns sugerem que a criatura poderia ser uma espécie conhecida mal identificada, como um grande morcego ou uma ave. Outros propõem que ela pode ser uma espécie de réptil voador anteriormente desconhecida, possivelmente um descendente do pterossauro. No entanto, a bioluminescência relatada em muitos avistamentos permanece sem explicação, aumentando a intriga.

A lenda do Ropen continua a cativar a imaginação daqueles que exploram as paisagens inexploradas da Papua Nova Guiné. Embora os céticos possam atribuir os avistamentos a identificações equivocadas ou a animais conhecidos, a consistência das descrições e o significado cultural do Ropen na mitologia local exigem uma investigação mais aprofundada. Seja um criptídeo ainda não descoberto ou um testemunho do poder do folclore, o Ropen permanece um mistério intrigante no coração da Papua Nova Guiné.

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