Os goleiros são os jogadores mais altruístas no campo. Eles suportam muita pressão, a fim de que sua equipe seja a vitoriosa. Gianluigi Buffon é certamente um dos melhores goleiros do mundo: Ele não é chamativo, não é arrogante, e não comete muitos erros. Ele mostra bravura durante jogos importantes que mostraram que ele é digno de ser o número um da seleção italiana e da Juventus. Ele sempre foi um grande profissional dentro e fora de campo, é um modelo para todos os jovens aspirantes a jogadores. Ele é um verdadeiro líder e não existem muitos jogadores como ele, em outras palavras, ele é um capitão exemplar.
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Este campeão nasceu em 28 de janeiro de 1978. Ele agora tem 37 anos, com uma carreira espetacular que liderou e ainda lidera tanto a seleção italiana quanto a Juventus para a glória. Muitos críticos de futebol acreditam que quando Buffon se aposentar, será considerado o maior goleiro de todos os tempos. Ele tem sido o goleiro mais consistente, espetacular e bem sucedido da última década. Além disso, é um verdadeiro profissional e aos olhos de seus companheiros e colegas, ele é um especialista em liderar um time. Habilidade essa que é uma das grandes qualidades de Buffon, ele consegue acalmar o time e fazer com que eles não se abatam, mesmo se estiverem perdendo. Ele consegue coordenar e liderar principalmente o sistema defensivo para que poucas falhas aconteçam.
Durante sua ilustre carreira, ele venceu inúmeros troféus com Parma, Juventus e a seleção da Itália. Ele venceu a Taça UEFA e Coppa Italia com o Parma, tendo apenas 20 anos de idade. Ele também ganhou seis campeonatos da Série A com a Juventus e foi vice-campeão da Champions League em 2003 e 2015. Com a equipe nacional italiana ele ganhou o Campeonato Europeu de Futebol Sub-21 e a Copa do Mundo em 2006. O único troféu que ele tem vontade vencer e ainda não ganhou é a UEFA Champions League.
Buffon conquistou o coração de muitas pessoas e tem sido um herói por toda sua carreira. Ele foi nomeado capitão da Azzurra durante a ausência de Fabio Cannavaro na Copa do Mundo de 2010. Não muito tempo depois, foi nomeado o capitão permanente da Juventus, após Alessandro Del Piero ir para o Sydney FC. Ele ganhou muitos prêmios pessoais. Foi condecorado o melhor goleiro da Série A nove vezes, que aliás é um recorde. Buffon continua a ser o único goleiro do mundo a ser premiado com o título de Melhor Jogador de Clubes da UEFA, que venceu em 2003. A IFFHS reconheceu Buffon como melhor goleiro do mundo nos anos 2003, 2004, 2006, 2007. Além de ser nomeado o Melhor Goleiro do Mundo no século 21, além de também ser nomeado o melhor goleiro dos últimos 25 anos, segundo a IFFHS.
A grande carreira de Buffon começou no Parma quando ele tinha apenas 13 anos. É chocante ouvir que o goleiro número um do mundo começou sua carreira como meio-campista. No entanto, isso explica sua habilidade de driblar atacantes mesmo quando está sob pressão. Sua inspiração para se tornar goleiro começou durante a Copa do Mundo de 1990, na Itália. Ele estava assistindo o goleiro camaronês Thomas N’Kono e sentiu vontade de se tornar goleiro. Sua primeira partida na Série A pelo Parma foi aos 17 anos, contra o Milan.
A Juventus começou a tomar conhecimento de Buffon durante a temporada 1997-1998, quando ele com defesas milagrosas levou o Parma para a vitória da taça UEFA. No verão de 2001, a Juventus não podia esperar mais e então fizeram uma oferta séria para comprar Buffon. Uma oferta que o Parma e nenhum outro time do mundo recusaria. Eles ofereceram o que se tornaria a transação de um goleiro mais cara na história (51,645,690 milhões de euros). O Parma aceitou e o resto tornou-se história.
Buffon começou sua carreira na Juventus sob o comando de Marcello Lippi. Foi lhe dada a camisa número um e ele teve a missão de substituir Edwin Van Der Sar, que se sentiu traído com a chegada de Buffon e se transferiu para o Fulham, da Inglaterra. Em sua primeira temporada com a Juventus foi um dos responsáveis pelo título, levando apenas 22 gols em 34 partidas. Em sua segunda temporada levou a Juventus para a final da Champions League, onde pegou dois pênaltis durante as cobranças que decidiram o jogo, só não foi campeão pois Dida pegou três pênaltis, se adiantando em todos eles. Mesmo assim a Juventus terminou a temporada como campeã italiana e Buffon sofreu apenas 23 gols. Juventus teve a melhor defesa do campeonato por duas temporadas consecutivas. Na temporada seguinte, a Juventus não teve a mesma sorte e não venceu nenhuma competição.
Marcello Lippi deixou a Juventus para treinar a Azzurra em 2004. Fabio Capello assumiu o comando por duas temporadas que seriam a ascensão e queda da Juventus Football Club. Em 2005, Buffon teve uma lesão séria, ele deslocou seu ombro após se chocar com Kaká durante um jogo do Trofeo Luigi Berlusconi, antes do início da nova temporada. Ele ficou machucado pela maior parte da temporada e a Juventus precisava de um substituto temporário, então contratou Christian Abbiati, que veio por empréstimo. Buffon se recuperou completamente antes do final da temporada e liderou a Juventus para a vitória de mais dois campeonatos italianos.
No verão de 2006, muitos jogadores e treinadores foram acusados de crimes de manipulação de resultados na Itália. Essas acusações e boatos que incluíam apostas ilegais e também pagamentos para árbitros para partidas determinadas chamadas especiais. A maioria desses rumores eram falsos e a Juventus foi injustamente mandada para a Série B, além de ter seus títulos das duas temporadas anteriores revogados. Pessoas como Massimo Moratti e Silvio Berlusconi queriam colocar um fim no longo período de sucesso da Juventus, o Calciopoli então surgiu.
Apesar de todas essas notícias terríveis, Buffon optou por permanecer um Juventino. Ele permaneceu junto com o capitão Alessandro Del Piero, os meio-campistas Mauro Camoranesi e Pavel Nedved, além do atacante David Trezeguet. Buffon decidiu escolher lealdade ao invés de reputação e dedicou-se à causa Juventus. Ele enfrentou muitos altos e baixos de 2006 até 2011. Muitos treinadores iam e vinham. Buffon foi afetado pela falha da Juventus para encontrar o homem certo para o trabalho, até encontrar Antonio Conte.
Conte foi o homem que mudou tudo para a Juventus. Ele restabeleceu o papel de Buffon para a equipe e permitiu que Buffon pudesse se tornar um líder mais uma vez. O domínio de Buffon começou a ressurgir novamente e ele só levou 16 gols em 35 partidas, além de ficar 21 jogos sem levar gols, através da campanha invicta da Juventus. Na temporada 2013-14, a Juventus venceu novamente o campeonato italiano com folga sobre o Roma, segundo colocado. Já a temporada 2014-15 traria novamente Buffon aos holofotes, quando além de vencer o campeonato italiano, levou a Juventus para a final da Champions League, parando até mesmo o Real Madrid no Santiago Bernabeu. Infelizmente, a Juventus perdeu por 3 a 1 para a equipe do Barcelona, mas Buffon foi considerado o melhor goleiro da competição e deixou claro que a idade para ele não era um problema.
Já pela seleção italiana, Buffon estava pronto para ser o número um da Copa do Mundo de 2006. Sua confiança e liderança foi evidente durante todo o torneio. Naquela Copa do Mundo, Buffon sofreu apenas dois gols, ficando cinco jogos sem sofrer gols. Esses números são impressionantes, levando em conta que Buffon enfrentou jogadores perigosos como Klose, Nedved, Donovan e Shevchenko e, mesmo assim, ficou 453 minutos sem levar gols. Ele foi merecidamente indicado para o Ballon d’Or, ficando em segundo lugar, atrás de Cannavaro.
A Copa do Mundo de 2006 foi o ponto alto de sua carreira. Após aquela Copa do Mundo, a Itália passou por uma fase de transição com Roberto Donadoni. Para Donadoni faltava uma certa habilidade de gestão que Lippi tinha, que o fazia capaz de unir a equipe em qualquer circunstância. A desastrosa campanha da Itália na Euro 2008 forçou Donadoni a demitir-se. A partir de então a Itália teve Lippi de volta e mais campanhas decepcionantes, a Copa das Confederações em 2009 e a Copa do Mundo de 2010. Na Euro 2012, o novo técnico Cesare Prandelli trouxe o verdadeiro Buffon de volta e ele levou a Itália para a final com defesas espetaculares contra Inglaterra e Alemanha, mas perdeu para a Espanha.
Buffon depois jogaria a Copa das Confederações de 2013, onde a Itália foi terceira colocada, após Buffon pegar 3 pênaltis contra o Uruguai. Chegada a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Buffon se igualou a Lothar Matthaus e Antonio Carbajal, na lista de jogadores com mais participações em Copas do Mundo, tendo participado de sua quinta Copa. A Itália não passou da primeira fase, mas durante o último jogo contra o Uruguai, em uma partida de vida ou morte, fez milagres e por pouco não levou a Itália para a próxima fase. Buffon logo tratou de deixar bem claro que esperar jogar a Copa do Mundo de 2018, assim quebrando o recorde e se tornando o único jogador a participar de seis Copas do Mundo.
Gianluigi Buffon sempre foi um jogador de cabeça fria durante toda sua longa carreira. Raramente recebeu um cartão vermelho ou até mesmo amarelo. Ele sempre foi um profissional dentro e fora de campo. Todos seus companheiros e treinadores sempre o tratam com grande respeito. Até mesmo seus adversários o respeitam. Buffon ganhou cada prêmio individual existente que um goleiro possa ganhar. Este é Gigi Buffon, o Superman, o melhor goleiro da história do futebol.